sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

UM TEMPO PARA CADA COISA...

O módulo II do curso foi de grande importância para mim, nesse exato momento da minha  vida; no qual a correria das obrigações parecia ,me consumir. 


Serenidade

A casa do amigo não tem chave

Com um pequeno sopro abre-se a porta


e o aconchego envolve quem entrou

Tem um sofá em forma de sorriso

um copo de água fresca sobre a mesa

e a calma de um nocturno de Chopin

O amigo fez a casa e em nós pensou

A voz é doce e com palavras poucas

abranda a nossa pressa de falar

Naturalmente deixa-nos chorar

O amigo não tem nada para contar

e nunca diz: isso não é verdade

Acha que quem chegou deve partir

a arriscar sentir serenidade

Serenidade. Aqui está uma palavra a que chamarei de macia. 
Tão macia como a sensação aveludada que traduz. 
Sibilada quanto baste, pronunciável toda com os lábios entreabertos, com o seu i doce, o seu a tónico logo acalmado pela brandura do de.
 Quase um ser vivo, não acham?

http://sitiopoema.blogspot.com.br/2006/05/serenidade.html

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