O módulo II do curso foi de grande importância para mim, nesse exato momento da minha vida; no qual a correria das obrigações parecia ,me consumir.
Serenidade
A casa do amigo não tem chave
Com um pequeno sopro abre-se a porta
e o aconchego envolve quem entrou
Tem um sofá em forma de sorriso
um copo de água fresca sobre a mesa
e a calma de um nocturno de Chopin
O amigo fez a casa e em nós pensou
A voz é doce e com palavras poucas
abranda a nossa pressa de falar
Naturalmente deixa-nos chorar
O amigo não tem nada para contar
e nunca diz: isso não é verdade
Acha que quem chegou deve partir
a arriscar sentir serenidade
Serenidade. Aqui está uma palavra a que chamarei de macia.
Tão macia como a sensação aveludada que traduz.
Sibilada quanto baste, pronunciável toda com os lábios entreabertos, com o seu i doce, o seu a tónico logo acalmado pela brandura do de.
Quase um ser vivo, não acham?
http://sitiopoema.blogspot.com.br/2006/05/serenidade.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário